Em 1919, as fábricas de tecidos, roupas, alimentos, bebidas e fumo eram responsáveis por 70% da produção industrial brasileira.
Em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial, essa porcentagem havia se reduzido para 58% por causa do aumento da participação de outros produtos, como aço, máquinas e material elétrico, mas a industrialização brasileira ainda contava, predominantemente, com a instalação de indústrias de bens de consumo não-duráveis e investimentos de capital privado nacional.
Em 1942, teve início um período de investimento estatais em indústria de base e nos setores de infra-estruturas, como energia e transportes.
Com a política desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek (1956-1960), concretizada em seu Plano de Metas, instalaram-se no país filiais de indústrias multinacionais de bens de capital e de bens de consumo duráveis.
Todas essas fases fizeram parte de uma política de substituição de importações que perdurou até o começo da década de 1970.
A associação de capitais privados, nacionais e estrangeiros, com investimentos estatais levou a formação, no Brasil, de um parque industrial complexo nos setores de bens de consumo, de produção e de capital.
Porém ainda é insuficiente para abastecer as necessidades sendo necessário importa máquinas, equipamentos e alguns produtos siderúrgicos não fabricados no país.
Atualmente, a atividade industrial é responsável por cerca de 25% do PIB brasileiro.
Os setores predominantes são as industriais siderúrgicas, metalúrgicas, mecânicas, elétricas, química e de celulose.
Em conjunto, esses setores são responsáveis por mais de 80% do produto industrial do país.
Vem crescendo bastante o investimento em industriais ligadas às novas tecnologias, como robótica, aeronáutica, eletrônica, telecomunicações, mecânica de precisão e biotecnologia.
Abertura da economia brasileira na década de 1990 facilitou a entrada de muitos produtos importados, forçando as empresas nacionais a se modernizarem e a incorporarem novas tecnologias ao processo produtivo para concorrerem com as empresas estrangeiras.
Assim, embora a produção industrial tenha crescido 24,8%, o período 1994 - 2002 (segundo o Anuário Estatístico do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), reduziu-se a necessidade de mão-de-obra nas fábricas, favorecendo o desemprego estrutural.
Entre os aspecto positivos da dinâmica atual brasileira, podemos destacar o grande potencial de expansão no mercado interno, os aumentos nos volumes absoluto e relativo nas exportações de produtos industrializados, o aumento na produtividade, a melhora da qualidade dos produtos e uma maior dispersão espacial dos estabelecimentos industriais.
Porém a indústria ainda enfrenta vários problemas que aumentam os custos e dificultam uma maior participação no mercado externo: deficiência e altos preços nos transportes, baixos investimentos públicos e privados em desenvolvimento tecnológico, baixa qualificação da força de trabalho e barreiras tarifárias e não-tarifárias impostas por outros países à importação de produtos brasileiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário