sábado, 26 de fevereiro de 2011

4. UEA

Figuras de linguagem

São recursos que tornam mais expressivas as mensagens.

Subdividem-se em figuras de som, figuras de construção, figuras de pensamento e figuras de palavras.

Figuras de Som

    ALITERAÇÃO
    Consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.

        "Despudorada, dada\ À danada agrada andar seminua."
         (Chico Buarque)

    ASSONÂNCIA
    Consiste na repetição ordenada de sons vocálicos idênticos.

        "Sou um mulato nato no sentido lato
         mulato democrático do litoral."
         (Caetano Veloso)

    PARONOMÁSIA

    Consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.

        "Eu que passo, penso e peço."
         (Sidney Miller)

Figuras de Construção

    ELIPSE

    Consiste na omissão de um termo facilmente identificável no texto.
   
        "Na sala, apenas quatro ou cinco convidados." (omissão de havia)
         (Machado de Assis)

    ZEUGMA
    Consiste na elipse de um termo que já apareceu antes.

        Ele prefere cinema, eu, teatro. (omissão de prefiro)

    POLISSÍNDETO

    Consiste na repetição de conectivos, ligando termos da oração ou elementos do período.

        "E sob as ondas ritmadas
         e sob as nuvens e os ventos
         e sob as pontes e sobe o sarcasmo
         e sob a gosma e sob o vômito (...)"
         (Carlos Drummond de Andrade)

    ASSÍNDETO

    Consiste na ausência de conectivos.

        "Clara passeava no jardim com as crianças.
         O céu era verde sobre o gramado,
         a água era dourada sob as pontes,
         outros elementos eram azuis, róseos, alaranjados,
         o guarda-civil sorria, passavam bicicletas,
         a menina pisou a relva para pegar um pássaro,
         o mundo inteiro, a Alemanha, a China, tudo era tranquilo em
         redor de Clara."
         (Carlos Drummond de Andrade)

    INVERSÃO
    Consiste na mudança de ordem natural dos termos na frase.

        "De tudo ficou um pouco.
         Do meu medo. Do teu asco."
         (Carlos Drummond de Andrade)

    SILEPSE

    Consiste na concordância não com o que vem expresso, mas com que se subentende, com o que está implícito.
   
        Silepse de gênero
            Vossa Excelência está preocupado.

        Silepse de número
            Os sertões conta a Guerra de Canudos

        Silepse de pessoa
            "O que me parece inexplicável é que os brasileiros persistamos em comer essa coisinha verde e mole que derrete na boca."
             (Manuel Bandeira)

    ANACOLUTO

    Consiste em deixar um termo solto na frase.
   
    "O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto."
     (Carlos Drummond de Andrade)

    PLEONASMO   
    Consiste numa redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.
   
    "A ti trocou-te a máquina mercante."
     (Gregório de Matos)

    ANÁFORA
    Consiste na repetição de uma mesma palavra no início de versos ou frases.

    "Amor é fogo que arde sem se ver;
     É ferida que dói e não se sente;
     É um contentamento descontente;
     É dor que desatina sem doer"
     (Camões)

Figuras de pensamento

    ANTÍTESE
    Consiste na aproximação de termos contrários, de palavras que se opõem pelo sentido.
   
    "Os jardins têm vida e morte..."
     (Cecília Meireles)

    IRONIA
    É a figura que apresenta um termo em sentido oposto ao usual, obtendo-se, com isso, efeito crítico ou humorístico.

    "A excelente Dona Inácia era mestra na arte de judiar de crianças."
     (Monteiro Lobato)

    EUFEMISMO
    Consiste em substituir uma expressão por outra menos brusca, em síntese, procura-se suavizar alguma afirmação desagradável.

    "Você não foi feliz nos exames." (em vez de você foi reprovado)

    HIPÉRBOLE
    Trata-se de exagerar uma idéia com finalidade enfática.

    Estou morrendo de sede.

    PROSOPOPÉIA ou PERSONIFICAÇÃO
    Consiste em atribuir a seres inanimados predicados que são próprios dos seres animados.

    O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

    GRADAÇÃO ou CLÍMAX
    É a apresentação de idéias em progressão ascendente (clímax) ou descendente (anticlímax).

    "Um coração chagado de desejos
     Latejando, batendo, restrugindo."
     (Vicente de Carvalho)

    APÓSTROFE
    Consiste na interpelação enfática a alguém (ou a alguma coisa personificada).

    "Senhor Deus dos desgraçados!
     Dizei-me vós, Senhor Deus!"
     (Castro Alves)

Figuras de Palavras

    METÁFORA
    Consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual. A metáfora implica, pois, uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.

    "Meu pensamento é um rio subterrâneo."
    (Fernando Pessoa)

    METONÍMIA
    Consiste numa transposição de significado, ou seja, uma    palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser usada com outro significado.

    Não tinha teto em que se abrigasse. (teto em lugar de casa)

    CATACRESE
    Ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro por empréstimo. Entretanto devido ao uso contínuo, não mais se percebe que ele está sendo empregado em sentido figurado.

    O pé da mesa estava quebrado.

    ANTONOMÁSIA
    Consiste em substituir um nome por uma expressão que o identifique com facilidade.

    Os quatro rapazes de Liverpool (em vez de os Beatles)

    SINESTESIA
    Trata-se de mesclar, numa expressão, sensação percebida por diferentes órgãos do sentido.

    A lua crua da madrugada invadia meu quarto.

       
   

3. UEA

Ciclo menstrual

A cada mês o hormônio folículo estimulante (FSH), produzido pela hipófise, determina o crescimento de um folículo do ovário.
Tal folículo rompe-se e lança um ovócito secundário na trompa de Falópio (ovulação).
O hormônio luteinizante (LH), que é produzido na hipófise, transforma o folículo rompido numa glândula, corpo amarelo ou lúteo.
Em sincronia com as alterações do ovário, ocorrem modificações também no útero, pois, a medida que os folículos crescem, produzem um hormônio, o estrogênio, que estimula o crescimento do endométrio.
Após a ovulação, o corpo amarelo começa a produzir também outro hormônio, a progesterona, que torna o útero espesso e vascularizado, preparando para a nidação (fixação do ovo no útero).
Esse espera dura aproximadamente catorze dias após a ovulação.
Durante esses cartoze dias, a concentração de progesterona aumenta na corrente sanguínea, que passa a inibi a produção de LH, e o corpo amarelo regride, transformando em corpo branco.
Com isso há uma queda de progesterona, que determina a eliminação de parte do endométrio (menstruação).

Se houver fecundação o ovário e mais tarde a placenta produzirão hormônios que interrompem a menstruação.



terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

2. UEA


Coordenação nos vegetais

Os vegetais apresentam irritabilidade, isto é, são capazes de reagir a estímulos do ambiente.
Sua coordenação e suas respostas são controladas por hormônios, os fito-hormônios.


Tropismos: os movimentos orientados

Os tropismos são movimentos de crescimento do vegetal orientados em relação a um estímulo do ambiente.
Tropismo positivo quando o estímulo aproxima o vegetal do estímulo e negativo quando o afasta.

Podemos citar o fototropismo (luz), o geotropismo (gravidade), o tigmotropismo (contato), hidrotropismo (água), etc.

Os tropismos são explicados pela presença de substâncias consideradas como hormônios vegetais, dos quais o mais citado é a auxina.

Quando o caule é iluminado apenas de um lado, a auxina concentra-se mais do lado escuro.
Esta concentração maior do lado escuro estimula o crescimento mais rápido dessa região, provocando a curvatura da planta em direção à luz.

No entanto, a concentração de auxinas estimula o crescimento até certo ponto. A partir deste ponto, ela passa inibir.
Como a raiz é mais sensível que o caule, tem seu crescimento inibido em concentrações menores.
Isto explica o fato de o caule ter geotropismo negativo e a raiz ter geotropismo positivo.
Além das auxinas temos outras substâncias como giberilinas (germinação das sementes), citoquininas (crescimento), e o ácido abcísico (floração).
Os fitocromo, que se transformam em presença de luz, desencadeando a floração e formação dos frutos.
Desse modo, dependendo da quantidade de luz absorvida pela planta, isto é, da duração relativa do dia e da noite. Este fenômeno é chamado fotoperiodismo.

Nastias: os movimentos não orientados

As nastias são movimentos não orientados, isto é, o vegetal responde independentemente da direção do estímulo.
Um exemplo famoso desse tipo de movimento é o da sensitiva, que se fecha quando é tocada.

Tactismo: os deslocamentos

Representam o único exemplo em que ocorre de fato um deslocamento.
São realizados por algas, que se movimentam através de flagelos, aproximando-se (tactismo positivo) ou se afastando (tactismo negativo).

...

E para curiosos.
Vernalização é uma das fases de desenvolvimento das plantas. Consiste no número de horas de frio necessárias para a planta iniciar a indução floral.

1. UEA



DNA

São moléculas formados pelos encadeamentos de um grande número de unidades chamadas nucleotídeos.
Cada nucleotídeo é por sua vez formado por três tipos de substâncias químicas:
    - Um composto cíclico contendo nitrogênio (base nitrogenada).
    - um açucar de cinco carbonos (pentose).
    - um radical do ácido fosfórico (fosfato).


DNA: A mensagem genética

Na molécula de DNA são encontradas quatros bases nitrogenadas: adenina, guanina, citosina e timina.

A adenina e a purina têm em comum, um anel existente na substância conhecida como purina.
A citosina e timina parecem com a pirimidina.




Watson e Crick idealizaram o modelo capaz de explicar as propriedades do DNA. Esse modelo, hoje confirmado, representa a molécula do DNA por um duplo filamento.
Os dois filamentos estão torcidos em hélice no espaço e presos um ao outro por pontes de hidrogênio.


Entre adenina e timina formam-se duas pontes hidrogênio e entre guanina e citosina formam-se três pontes hidrogênio.