São substâncias essenciais requeridas em pequenas quantidades e que têm funções específicas no organismo.
Dividem-se em dois grandes grupos: lipossolúveis e hidrossolúveis.
As vitaminas hidrossolúveis são excretáveis, enquanto as lipossolúveis são de excreção difícil.
As vitaminas lipossolúveis podem acumular-se no organismo e originar quadros de hipervitaminose (excesso de vitamina).
A absorção das vitaminas lipossolúveis faz-se com a das gorduras da dieta.
Portanto, todos os fatores que afetam a absorção dos lipídeos influem na absorção de vitaminas lipossolúveis.
As vitaminas lipossolúveis são: A, D, E e K.
As vitaminas hidrossolúveis são: Tiamina, riboflavina, ácido nicotínico, Vitamina B6, biotina, ácido pantotênico, ácido fólico, Vitamina B12 e Vitamina C.
Lesões e doenças provocadas por carência ou excesso de nutrientes
Vitamina A
Hipovitaminose
O primeiro sinal de deficiência de vitamina A é a diminuição da percepção da luz crepuscular, conhecida como cegueira noturna ou emeralopia.
As alterações dos epitélios são frequentes.
Conjuntiva e córnea aparecem secas, ásperas, opacas, tornando o globo ocular duro, constituindo a xeroftalmia.
Hipervitaminose
O excesso de vitamina A produz intoxicação que se manifesta por vômito, aumento da pressão intracraniana e papiledema.
Vitamina D
Hipovitaminose
A hipovitaminose D resulta em absorção intestinal insuficiente de cálcio, o que diminui a mineralização da matriz óssea.
Essa lesão óssea manifesta-se sob duas formas: raquitismo na criança e osteomalácia no adulto.
Hipervitaminose
Não se conhecem casos de hipervitaminose por exposição constante à luz solar. Hipervitaminose D ocorre por ingestão excessiva da vitamina.
Os sinais e sintomas são: hipercalemia (excesso de cálcio no sangue), hipercalciúria (excesso de cálcio na urina), desidratação e cálculos renais.
Vitamina E
Hipovitaminose
Não são conhecidos casos de deficiência de vitamina E.
Hipervitaminose
O excesso de vitamina E não causa problemas à saúde. Foram descritos apenas alguns casos de deficiência de vitamina K após megadoses de vitamina E.
Vitamina K
Como a vitamina K é importante no processo de coagulação do sangue, o aparecimento de hemorragias ou de verdadeiras hemorrágica representa a manifestação principal da hipovitaminose.
Tiamina (Vitamina B1)
A deficiência de tiamina no homem e em animais afeta os sistemas circulatório, muscular, nervoso e digestivo.
A doença resultante da deficiência de tiamina é conhecida como beribéri.
O beribéri consiste em uma síndrome polineurítica com comprometimento cardiovascular e, em grau menor, gastrintestinal.
Riboflavina
No homem, as manifestações da arriboflavinose consistem em dermatite seborréia, fotofobia, anemia, neuropatia, queilose angular, estomatite e glossite.
Niacina
A consequência clássica da carência de niacina é a pelagra, indicada como "doença dos 3D": dermatite, diarréia e demência.
Vitamina B6
A síndrome carencial dessa vitamina foi estudada experimentalmente em animais e no homem não se encontra, ao menos em sua forma completa, na patologia espontânea.
Ácido Pantotênico
Não se conhece deficiência espontânea de pantotenato em humanos. Voluntários que ingeriram um antagonista da vitamina desenvolveram vômitos, fraqueza, desconforto abdominal, cãibras, insônia e parestesia das extremidades.
Biotina
Deficiência espontânea em humanos nunca foi descrita, exceto em pacientes submetidos a nutrição parenteral (endovenosa) manifestando depressão, sonolência, lassidão, alucinação, ansiedade, dores musculares.
Vitamina B12
A consequência clássica da carência espontânea da vitamina B12 é a anemia perniciosa.
Folacina
A deficiência de folacina, comum no alcoolismo crônico provoca anemia megaloblástica.
Vitamina C
A carência do ácido ascórbico é responsável pelo escorbuto. O quadro é dominado por hemorragia, em virtude do aumento da fragilidade capilar.