Território ocupado pela Grécia antiga pode ser dividido em três partes:
Hélade (Continental) correspondente ao sul da península Balcânica.
Insular formada pelas ilhas do mar Egeu.
Jônia ou asiática localizada na costa ocidental da Ásia Menor.
A Grécia antiga não chegou a formar um Estado unificado. Seu território era de fato ocupado por várias cidades autônomas chamadas
pólis.
As pólis tinha cada qual com sua própria organização social, religiosa, política e econômica.
As principais cidades-Estado gregas forma Esparta, Atenas, Tebas e Corinto.
A pólis era constituída por um núcleo principal. No núcleo principal ficavam a Acrópole (centro religioso que também servia de fortaleza militar), a ágora (praça central) e o asti (espécie de mercado).
A história da Grécia antiga se estende por quase dois milênios.
- Pré-Homérico (séculos XX-XII a.C);
- Homérico (séculos XII - VII a.C);
- Arcaico (séculos VIII - VI a.c);
- Clássico (séculos V - IV a.C).
Em meados do séculos IV a.c, o território grego foi dominado pelos macedônios, que assimilaram e difundiram a cultura grega. A esse período deu-se o nome de Helenística.
A Grécia seria incorporada ao Império Romano.
Pré-Homérico - Formação da população grega
A população da Grécia antiga formou-se a partir do encontro de quatro povos de origem indo-européia: aqueus, jônios, eólios e d Os primeiros a chegar à península Balcânica, no início do segundo milênio. Os aqueus instalaram-se no sul numa região com terras férteis, chamada Peloponeso.
Sua principal cidade era Micenas. Do convívio com os cretenses, os aqueus puderam assimilar, entre outras coisas, a metalurgia do bronze, o uso da escrita e a arte de navegar.
Partindo de Micenas, por volta de 1400 a.C, os aqueus iniciaram um processo de expansão, consquistando Creta dominando em pouco tempo toda a região do mar Egeu.
O predominio dos aqueus perdurou até 1100 a.C, quando ocorreu a invasão dos dórios.
Atacando as cidade com suas armas de ferro, os dórios provocaram das populações: Primeira Diáspora Grega.
Protegidos pelas condições geográfica, os territórios povoados por eólios e por jônios pouco sofreram com a invasão.
A chegada dos dórios marca o início do período Homérico.
Homérico
A invasão dórica provocou significativa transformação no modo de vida dos gregos.
A principal organização social passou a ser o geno. Nos genos a propriedade da terra era comunal.
Ao final de três séculos, a estrutura dos genos entrou em colapso devido ao aumento da população e pouca terras cultiváveis.
Como consequência a terra comunal tornou-se propriedade privada.
Formando uma espécie de aristocracia da terra: os Eupátridas.
No fim do período Homérico, por volta do século VIII a.C a economia voltou a crescer.
As cidades ressurgiram e o desenvolvimento da navegação permitiu a colonização de terras distantes: Segunda diáspora Grega.
Na península Itálica, as colônias gregas ficaram conhecidas como Magna Grécia.
Arcaico
A intensificação das atividades econômicas possibilitou o fortalecimento de alguns grupos sociais. Porém um grande número de camponeses empobreceu em virtude da concorrência dos produtos vindo das colônias.
A Grécia passou então por um período de conflitos sociais que provocaram enormes mudanças na organização da sociedade.
Muitas das cidades gregas, governadas até esse momento por soberanos, aboliram a monarquia, substituindo por uma pequena elite governante, a aristocracia
Em Atenas surgiu a democracia.
Clássico
Diferença profundas afastavam as duas principais cidade-Estado da Grécia antiga.
Esparta se destacava pelo espírito guerreiro em Atenas ao contrário, desenvolveu-se uma sociedade mais tolerante.
Esparta e Atenas, cada uma em seu momento, conquistaram a hegemonia no mundo grego.
Esparta
Localizada no Peloponeso, Esparta foi erguida pelos dórios, no século IX a.C. numa região chamada Lacônia.
Regidos por um conjunto de leis, atribuídas a um lendário legislador chamado Licurgo.
A sociedade espartana dividia-se em três estratos sociais:
Esparciatas
Tinha a posse da terras mais férteis e reservavam para si as funções de governantes.
Dedicavam todo o tempo aos exercicios e atividades guerreiras, fazendo de Esparta um acampamento militar.
Periecos
Descendentes dos aqueus, não tinha direitos políticos. Para manter a posse de terras, tinham de pagar impostos; dedicavam-se ao comércio e ao artesanato.
Hilotas
Descendiam dos mesênios,povo dominado pelos dórios. Eram escravos e pertenciam à cidade de Esparta.
Obrigados a trabalhar a terra, tinham d entregar grande parte da produção à família esparciata.
O governo da cidade de Esparta era exercido por dois reis (Diarquia), que cumpria funções militares e religiosas.
Seus poderes eram limitados pela:
Gerúsia
Exercia o poder supremo e eleborava as leis. Era composta pelos dois reis e mais 28 esparciatas, com idade superior a 60 anos, chamados gerontes.
Apela
Assembléia integrada pelos esparciatas com mais de 30 anos. Esses cidadãos votavam na assembléia sem poder fazer uso da palavra.
Éforos
Eram cinco escolhidos pela Gerúsia e a Apela. Tinham mandato de um ano e deviam, entre outras funções, fiscalizar os reis, cuidar da educação das crianças e aplicar a justiça.
Os esparciatas deviam seguir uma disciplina extremamente rígida. Desde muito cedo, os meninos eram submetidos à educação oferecida pelo Estado.
Atenas
Fundada na Ática, península do mar Egeu, pelos jônios.
Na cidade, um soberando chamado basileus, comandava a guerra, a justiça e a religião.
Uma espécie de conselho, o Areópago limitava o seu poder.
A partir do século VIII a.C essa organização política sofreu profundas mudanças.
Diante da enorme pressão, os eupátridas viram-se obrigados a fazer concessões.
Dois desses legisladores foram Drácon e Sólon.
Drácon
Foi responsável pela introdução do registro por escrito das leis em Atenas. A cidade passou a ser governada com base em uma legislação e não mais conforme os costumes.
Sólon
Deu início a reformas mais profundas. Perdoou as dívidas e as hipotecas e aboliu a escravidão por motivo de dívida.
Criou a Bulé, um conselho formado de quatrocentos membros, responsável pelas funções administrativas e pela preparação das leis. Tais leis tinham de ser submetidas à apreciação da Eclésia, ou Assembléia
Sua reforma representou um passo decisivo para o desenvolvimento da democrácia.
Clístenes
Em 507 a.C, Clístenes assumiu o comando de Atenas e realizou um vasto programa de reformas, no qual estendeu os direitos de participação políticas a todos os homens livres.
A democracia ateniense foi a forma de governo que, no mundo antigo, mais direitos políticos estendeu ao indivíduo.
No século V a.C, as cidades gregas atingiram seu momento de maior esplendor.
A tentativa persa de controlar politicamente esses territórios ocasionaou uma guerra que durou quase trinta anos.
Atenas e Esparta se uniram para enfrentar o inimigo. Vencidos os persas, começaram os conflitos internos que provocariam o enfraquecimento das cidades e a decadência do mundo grego.
Guerras Greco-Pérsicas
O império Persa expandiu-se até a Ásia menor, às margens do mar Egeu. Em seguida, avançou em direção ao mar Negro e cortou as ligações das cidades gregas com suas colônias.
O confronto entre os dois povos tornou-se então inevitável.
As colónias se revoltaram, mas acabaram derrotadas.
Uma primeira resistência foi oferecida por trezentos espartanos, no desfiladeiro das Termópilas. Comandado pelo rei Leônidas.
Os atenienses impingiram uma derrota decisiva à frota naval persa na batalha de Salamina.
A derrota definitiva aconteceu em 478 a.C, algumas cidades gregas criaram uma liga denominada Confederação de Delos.
O imperialismo ateniense
Com o fim dos conflitos, Atenas expandiu suas atividades comerciais. Péricles realizou obras de reconstrução e modernização. Para pagar os gastos de sua administração, Péricles praticou uma política espoliatória sobre as demais cidades.
Guerra no Peloponeso
Para contrapor-se à rival, Esparta formou a Liga do Peloponeso, alegando que Atenas sufocava os interesses comerciais de outras cidades.
A Guerra do Peloponeso foi um conflito longo e desgastante paras as cidade envolvidas.
Enfraquecida pela sucessão de guerras, as cidades gregas cairam sob domínio macedônio.